PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS ENTRE AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM READAPTADOS NO TRABALHO

Resumo

Objetivo: Identificar a prevalência de transtornos mentais entre técnicos e auxiliares de enfermagem readaptados no trabalho após episódio de afastamento por doença. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal com análise descritiva dos dados obtidos de prontuários de profissionais técnicos de enfermagem de um hospital de ensino público localizado no interior do estado de São Paulo. Para coleta de dados foi considerado o período de afastamento de novembro de 2010 dezembro de 2015. Resultados: Foram analisados 49 processos de readaptação. Quanto as características sociodemográficas da população estudada, houve predominância do sexo feminino (79,6%), a faixa etária variou de 37 a 62 anos. O tempo de atuação na instituição para maioria de sujeitos é 15 anos ou mais. Em relação a função observa-se um número mais expressivo na categoria de auxiliares de enfermagem (67,3%), maior prevalência de transtorno mental está relacionada ao afastamento por CID – F 33, sendo 36% dos casos seguido de F43, ou seja, 21% e F32, num total de 20%. Observou-se também em alguns casos a co?ocorrência de dois transtornos mentais. Discussão: Os resultados dessa pesquisa somados aos estudos realizados em outras instituições evidenciam que os transtornos mentais em trabalhadores da enfermagem constituem uma realidade preocupante que necessitam urgentemente de intervenções. Conclusões: O estudo concluiu que que profissionais acometidos com transtornos mentais comuns, são passíveis de retorno ao trabalho. Além disso, há necessidade de verificar a origem da emergência dos sintomas bem como os fatores de risco que geraram o afastamento afim de criar estratégias preventivas.