ANÁLISE DO LÍQUIDO ASCÍTICO DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA HEPÁTICA.

Autores

  • Irigrácin Lima Diniz Basílio
  • Ana Paula Rodrigues Matos
  • Georgia Veloso Ulisses Parente
  • Juliana Marinho de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.35572/rsc.v5i1.201

Resumo

Descreve-se o perfil bioquímico e citológico do líquido ascítico de pacientes portadores de doença hepática, estimando a ocorrência de peritonite bacteriana espontânea, quantificando os pacientes que estavam em uso de antibiótico antes da realização da paracentese e correlacionando as etiologias das doenças hepáticas com os valores do GASA. Trata-se de um estudo prospectivo, transversal e observacional envolvendo pacientes com doença hepática crônica descompensada e ascite admitidos na enfermaria de clínica médica do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC). Os dados obtidos foram organizados no programa Microsoft Office Excel® versão 2010. Realizou-se análise estatística, incluindo a distribuição de frequências, médias, desvio padrão, valores mínimos e máximos, e porcentagens das variáveis em estudo. A análise bioquímica e citológica do líquido ascítico dos pacientes mostrou resultados semelhantes aos encontrados na literatura. Dos 36 participantes, 52,77% (n=19) foram rastreados para peritonite bacteriana espontânea (PBE) e desses, 31,57% (n=6) estavam em uso de antibióticos no momento da paracentese. O diagnóstico de PBE foi confirmado em 15,79% (n=3). Os valores de GASA foram calculados em 50% (n=18) dos pacientes. Dentre esses, 88,8% (n=16) apresentaram GASA ? 1,1 g/dL. Os resultados mostraram-se compatíveis ao descrito em outros estudos. O uso indiscriminado de antibióticos pode subestimar o número de pacientes com PBE, além de aumentar a resistência a esses medicamentos. Os resultados do GASA foram compatíveis com a presença de hipertensão portal, mecanismo presente nas etiologias encontradas.

Downloads

Publicado

2016-04-30