PROCESSOS PROLIFERATIVOS NÃO-NEOPLÁSICOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Autores

  • Thales de Figueirêdo Costa Marinho
  • Pedro Paulo de Andrade Santos
  • Ana Carolina Lyra de Albuquerque

DOI:

https://doi.org/10.35572/rsc.v5i2.220

Resumo

Os processos proliferativos não-neoplásicos ou lesões proliferativas não-neoplásicas (PPNN), são lesões orais resultantes de uma resposta orgânica a inúmeras agressões, tais como cálculos subgengivais, má adaptação protética, mau estado de conservação de dentes, restaurações mal elaboradas com excessos interproximais, podendo ainda estar associadas a processos infecciosos de origem dentária, como por exemplo, raízes residuais. Geralmente são caracterizados pelo crescimento de tecido gengival bem delimitado, como nódulos; ou difusos, como massas teciduais; de consistência fibrosa ou flácida (resiliente); de sintomatologia e coloração que variam; de base séssil ou pediculada; frequentemente apresentando sangramento ao toque; com perda do aspecto de “casca de laranja” da superfície. O crescimento gengival é iniciado pela papila interdentária chegando a atingir a gengiva marginal. Embora tenha predileção pela gengiva, também pode ser localizado na região extragengival, com características clínicas variáveis, onde em alguns casos se assemelham com lesões malignas. Os PPNN de maior prevalência são: Lesão periférica de células gigantes (LPCG), Granuloma piogênico (GP), Fibroma ossificante periférico (FOP) e Hiperplasia fibrosa inflamatória (HFI). Usou-se a técnica da pesquisa bibliográfica, utilizando as fontes bibliográficas do tipo de publicações encontradas em livros especializados, revistas e artigos científicos como a Medline e Bireme, tendo como palavras-chave: lesões proliferativas não neoplásicas, entre os anos de 2000 a 2015. Dentre todos os trabalhos avaliados, os autores são unânimes na indicação da excisão cirúrgica, após exames microscópicos que comprovem o diagnóstico de PPNN, com raspagem periodontal de elementos dentários envolvidos na lesão, para que diminuam os riscos de recidiva, que podem variar de 8% a 16% dependendo do caso. O conhecimento destas lesões, desde sua forma de diagnóstico ao tratamento é de importância devido à possibilidade do diagnóstico diferencial com neoplasias benignas ou malignas.

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Publicado

2016-08-30