PRODUÇÃO ARTESANAL DE AGUARDENTE A PARTIR DE ALGAROBA (Prosopis juliflora) E SUA ACEITAÇÃO POR CONSUMIDORES
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v3i3.338Palavras-chave:
Semiárido; Bebida Destilada; Bioprocesso; Alimentação Animal.Resumo
O presente trabalho teve como objetivo a produção de aguardente a partir da algaroba (Prosopis juliflora) e análise da aceitação do produto no mercado paraibano. A matéria-prima foi escolhida devido sua extrema abundância na região. Os frutos da algarobeira, oriundos do município de Monteiro-PB, foram triturados em forrageira e submetidosà pasteurização, 60ºC por 1 hora. A fermentação da aguardente foi conduzida de forma descontínua, sendo constituída do substrato supracitado, da levedura comercial Sacharomyces cerevisae, açúcar para ajuste de ºBrix e água. A fermentação teve duração de 72 horas, seguida de filtração e destilação durante 16 horas. Após obtenção do destilado (825 mL) a aguardente foi descansada durante 90 dias em lascas de Umburana de cheiro (Amburana cearensis) para adquirir melhor coloração, sabor e aroma. O rejeito da fermentação (4,150 Kg), após 96 horas de secagem natural, foi aproveitado para alimentação de aves e caprinos, e, estes não apresentaram restrição ao uso da ração adquirida. A partir da análise de mercado realizada com 100 pessoas, via Internet, 62% responderam que consumiriam aguardente obtida de vagens da algarobeira e 53% afirmaram que comprariam. Foram identificados como possíveis concorrentes as cachaças Triunfo e Serra de Areia. Cinquenta e quatro por cento (54%) consideram o sabor como a principal característica para o consumo dessas bebidas. Portanto, é possível a utilização da algaroba como fonte alternativa de renda, no semiárido, em produtos para consumo humano e animal.