URTICÁRIA E PARASITAS: UM ESTUDO TRANSVERSAL EM UM BAIRRO DE CAMPINA GRANDE

Autores

  • Maria Teresa Nascimento Silva
  • Danilo Gois Gonçalves
  • Gerson Bragagnoli
  • Alexandre Magno Nóbrega Marinho
  • Maria do Socorro Viana Sá

DOI:

https://doi.org/10.35572/rsc.v2i1.355

Palavras-chave:

Urticária; Helmintos; Protozoários; Diagnóstico

Resumo

A urticária é uma dermatose caracterizada por lesões eritematosas maculopapulares e normalmente pruriginosas. Decorre da liberação de mediadores vasoativos, principalmente a histamina. Pode ter diversas causas, incluindo alergia, autoimunidade e infecções, embora a maioria dos casos permaneça idiopática. Há evidência de que a erradicação de processos infecciosos beneficia o quadro. Vários parasitas intestinais têm sido associados à urticária, no entanto, os mecanismos pelos quais provocam a urticária ainda não foram pormenorizados. Poucos estudos tentam comprovar a associação entre parasitas e urticária. Objetivou-se, neste estudo, avaliar a presença de parasitoses intestinais em crianças com urticária e determinar estatisticamente sua significância. A população estudada é constituída por crianças de 2 a 10 anos de idade residentes no bairro do Pedregal da cidade de Campina Grande. Foi empregado o questionário padrão do International Study of Asthmaand Allergies in Childhood (adicionando o módulo urticária) aos responsáveis pelas 1.582 crianças. Foram incluídas, no estudo, as 1.195 (75,5%) crianças cujas amostras fecais foram entregues para o exame parasitológico realizado no Laboratório de Parasitologia da Unidade Acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande. Notam-se altas frequências de parasitoses intestinais e de urticária (16,7%) na população estudada, contudo, a associação entre elas não é estatisticamente significante (0,400? p 0,650). Embora a literatura mostre a possibilidade de parasitoses causarem urticária,? elas devem ser vistas como etiologias raras. Essa associação não se mostra estatisticamente significante em crianças com urticária que não passaram por outro tipo de investigação etiológica.

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Publicado

2011-04-30