ESTUDO DA GESTAÇÃO ENTRE 40 E 42 SEMANAS: AVALIAÇÃO ULTRASONOGRÁFICA, DOPPLERVELOCIMÉTRICA E RESULTADOS NEONATAIS

Autores

  • Fátima Aparecida Targino Saldanha
  • Raimundo Antonio Batista de Araújo
  • José de Arimatéia Batista Araújo Filho
  • Evelyne Morais Bezerra
  • Bruno Antônio Bezerra Barreto

DOI:

https://doi.org/10.35572/rsc.v2i1.356

Palavras-chave:

Gestação; Líquido amniótico; Ultrassonografia.

Resumo

O presente estudo propôs-se estudar a evolução e os resultados neonatais associados às gestações entre 40 e 42 semanas, objetivando-se avaliar os fatores associados à morbidade perinatal, bem como a importância e eficácia dos métodos propedêuticos disponíveis na avaliação da vitalidade fetal em tais gestações. Para tal fim, foram selecionadas 38 gestantes as quais foram divididas em dois grupos (40ª e 41ª semanas), sendo submetidas a exame ultra-sonográfico (avaliação dos movimentos respiratórios e corpóreos do feto, tônus fetal e índice de líquido amniótico) e dopplervelocimétrico. Foram avaliadas ainda variáveis relacionadas aos resultados neonatais de tais gestações (via de parto, presença de mecônio, peso do RN ao nascer, dias de internação do RN, APGAR etc.). Observou-se na amostra estudada que as gestações que se prolongam a partir das 40 semanas completas estão associadas a um acréscimo nos indicadores de morbidade perinatal, sobretudo oligoâmnio, LA meconizado e APGAR baixo, sendo tal risco estatisticamente semelhante no decurso da 40ª e 41ª semanas. Conclui-se que a avaliação do volume do líquido amniótico apresentou relação estatisticamente significativa com os indicadores de morbidade perinatal supracitados, constituindo, portanto, importante método biofísico na detecção precoce do sofrimento fetal eventualmente associado a tais gestações; enquanto que a dopplervelocimetria obstétrica apresentou limitada importância na propedêutica da vitalidade fetal em tais circunstâncias.

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Publicado

2011-04-30