PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E FATORES ASSOCIADOS À INFECÇÃO GENITAL, ANAL E ORAL POR PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) – REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

A falta de estudos sistematizados que discorram sobre HPV em suas diversas formas de infecção dificulta a abordagem ampla das ações de vigilância e controle. Esse artigo de revisão teve como objetivo apresentar dados da literatura sobre os aspectos clínicos e fatores associados às infecções orais e anogenitais pelo Papilomavírus Humano (HPV). Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, na qual se realizou uma revisão d literatura nas bases de dados SciELO e PubMed, no banco de teses da Capes e no Google Scholar, empregando-se os seguintes descritores: “Papilomavírus Humano”, “epidemiologia”, “infecções”, “manifestações”, “transmissão”, “cavidade oral”, “genital” e “anal”. A infecção por HPV pode apresentar-se de forma assintomática, sob a forma de lesões benignas, associadas a tipos virais com baixo poder oncogênico (ex. HPV-2, 6, 11, 29, etc) cujas manifestações clínicas podem ser: as lesões verrucosas, condilomas acuminados, constituídos por papilomas únicos ou múltiplos em locais como o pênis, a vulva, o colo do útero, a vagina, o períneo, região anal, orofaringe, entre outros. Por sua vez, os tipos virais de alto poder oncogênico, como o HPV-16 e o HPV-18, favorecem o aparecimento de alterações malignas, estando esses associados à ocorrência de câncer cervical, genital, anal, entre outros. Evidenciou-se que há maior preocupação científica em prevenir o câncer do colo do útero ao invés da infecção primária por HPV, pois as ações assistencialistas apontadas por estudos de abordagem da infecção por HPV têm como foco a realização da citologia oncótica, não evidenciando a importância da adoção de estratégias primárias de educação em saúde com ações que objetivem o controle direto dos fatores de risco para infecção por HPV.