COMPROMETIMENTO HEPÁTICO EM CRIANÇAS PORTADORAS DE CALAZAR ATENDIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO DA UFCG

Autores

  • Francisco Salomão de Medeiros
  • Mônica Loureiro Celino Rodrigues
  • Adriane Duarte Tavares Palhano
  • Danielle Jamylla Barbosa Ribeiro
  • Maria Júlia Correia Lima Nepomuceno Araújo
  • Maísa Carneiro Wanderley
  • Tiago Nepomuceno Araújo Elias de Miranda

DOI:

https://doi.org/10.35572/rsc.v1i1.4

Palavras-chave:

Leishmaniose visceral. Calazar. Criança; Comprometimento hepático.

Resumo

O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de alterações hepáticas em crianças com calazar tratadas em um Hospital Universitario entre 2000 e 2006, através de um estudo de corte transversal, retrospectivo. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, procedência, condições de moradia, queixa principal, tempo de duração da doença antes da hospitalização, sinais/sintomas referidos ou encontrados na admissão; dimensões do fígado/baço na admissão, hemograma, protidograma, aminotransferases, bilirribinas, albumina e gamaglobulina séricas, gamaglutamiltranspeptidase, tempo de protombina realizados na admissão antes de iniciar o tratamento. No total de 91 pacientes, a idade variou entre 8 e 183 meses; 67/91 tinham idade inferior a 6 anos, 51/91 eram do sexo feminino, 73/91 da zona rural e 71/91 residiam em casa de alvenaria. As manifestações clínicas mais frequentes foram palidez cutânea (90/91), febre (86/91), esplenomegalia (86/91) e hepatomegalia (76/91). Os principais achados laboratoriais foram: leucopenia (79/91), plaquetopenia (69/91), anemia (88/91), hipoalbuminemia (64/91) e hipergamaglobulinemia (87/91). As médias dos valores das variáveis laboratoriais relacionadas ao envolvimento hepático foram: AST (92,9 U/L), ALT (49 U/L), bilirrubina total e indireta (1,5 mg/dL e 1 mg/dL), tempo de protombina (16,7 seg) e gamaglutamiltranspeptidade (128,2 U/L). Conclui-se que, apesar de não se ter verificado alterações hepáticas significativas, o risco de envolvimento hepático, inclusive grave, e de reações hepatotóxicas consequentes ao uso de antimoniato pentavalente justificam a avaliação das provas de função hepática no inicio da investigação dessa enfermidade.

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Publicado

2010-04-30