FARMACOTERAPIA PEDIÁTRICA: AS PARTICULARIDADES DA UTILIZAÇÃO DE FÁRMACOS EM PEDIATRIA
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v9i3.468Palavras-chave:
Farmacocinética; Farmacologia; CriançaResumo
Devido à imaturidade do sistema fisiológico, a população pediátrica possui particularidades que interferem na escolha do fármaco. Baseado nessas premissas, este trabalho objetivou realizar uma revisão da literatura sobre o modo de ação e os fatores que interferem no efeito dos fármacos, vias de administração, parâmetros utilizados para ajustes de dose e a importância do farmacêutico clínico na farmacoterapia infantil. A busca de trabalhos foi realizada em bases de dados eletrônicas. Foram utilizados descritores, isolados ou em combinações, em português, inglês e espanhol. Os estudos utilizados foram publicados entre 2008 e 2018. Após a busca, 213 materiais foram encontrados, selecionou-se 157 trabalhos. Destes, 99 foram excluídos. A amostra final contou com 58 trabalhos. A utilização de fármacos em pediatria deve considerar o grau de desenvolvimento fisiológico, idade, superfície corporal, peso e altura da criança. Os principais fatores que interferem são: secreção gástrica, tempo de esvaziamento gástrico, motilidade intestinal, permeabilidade da membrana intestinal, função pancreática e biliar, microbiota normal, vias de administração, água total do organismo e grau de ligação do fármaco com proteínas. A via de administração mais utilizada é a oral. Para os ajustes de dose, utilizam-se cálculos com base na idade, peso e superfície corporal. O farmacêutico clínico deve ser responsável pela farmacoterapia, assumindo a diversas responsabilidade. Por fim, é de suma importância o desenvolvimento de mais trabalhos com ênfase no tema aqui abordado, que descrevam os aspectos relevantes da farmacoterapia infantil e atuação do farmacêutico clínico.