REDES DE APOIO DE MÃES DE CRIANÇAS COM CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA FUNCIONAL

Autores

  • Patrícia da Graça Leite Speridião Universidade Federal de São Paulo/Departamento de Saúde, Educação e Sociedade
  • Kauanne Pereira Lopes Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista
  • Karina Franco Zihlmann Professora Associada do Departamento de Saúde, Educação e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista. Docente do Curso de Psicologia. Supervisora de Estágio de Psicologia.
  • Fernando de Almeida Silveira Professor Associado do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista. Docente do Curso de Psicologia. Supervisor do Estágio de Psicologia.

DOI:

https://doi.org/10.35572/rsc.v10i1.415

Palavras-chave:

constipação intestinal crônica funcional; crianças; rede de apoio.

Resumo

Introdução: mães de crianças com constipação referem estresse e baixa qualidade de vida e são as principais cuidadoras dessas crianças. Quando o filho é acometido por alguma condição especial ou doença, seja crônica ou não, usualmente, cabe à mulher o “dever materno” de proteger e poupar o filho de qualquer sofrimento. Objetivo: conhecer a percepção de mães de crianças com constipação intestinal crônica funcional sobre sua rede de apoio. Métodos: estudo qualitativo com 21 mães de crianças com constipação intestinal crônica funcional, atendidas em ambulatório especializado de um hospital público. A coleta de dados contou com um formulário sobre aspectos sociodemográficos, além de questões norteadoras temáticas sobre a situação de trabalho, rede de apoio e percepções das mães sobre o cuidado do filho. Os dados quantitativos foram apresentados em frequências absolutas e relativas; os discursos foram analisados pela técnica de análise temática do conteúdo. Resultados: as mães das crianças referiram pouco apoio de sua rede familiar ou social. Quase todas se sentem sobrecarregas, com dificuldade de acionar as redes de apoio, o que as faz sentir-se sozinhas e desamparadas. Há necessidade de as equipes dos serviços de saúde reconhecerem essas questões e ressaltar às mães a importância da colaboração e construção de uma rede de apoio nos cuidados dos filhos com demandas de saúde, em uma perspectiva humanista e solidária. Conclusão: a partir da percepção das mães, é preciso reconhecer que o cuidado da criança com constipação intestinal crônica funcional vai além do doente e é influenciado por concepções e práticas sociais. 

 

Palavras-chave: constipação intestinal crônica funcional; crianças; rede de apoio. 

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Publicado

2021-09-16