REDES DE APOIO DE MÃES DE CRIANÇAS COM CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA FUNCIONAL
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v10i1.415Palavras-chave:
constipação intestinal crônica funcional; crianças; rede de apoio.Resumo
Introdução: mães de crianças com constipação referem estresse e baixa qualidade de vida e são as principais cuidadoras dessas crianças. Quando o filho é acometido por alguma condição especial ou doença, seja crônica ou não, usualmente, cabe à mulher o “dever materno” de proteger e poupar o filho de qualquer sofrimento. Objetivo: conhecer a percepção de mães de crianças com constipação intestinal crônica funcional sobre sua rede de apoio. Métodos: estudo qualitativo com 21 mães de crianças com constipação intestinal crônica funcional, atendidas em ambulatório especializado de um hospital público. A coleta de dados contou com um formulário sobre aspectos sociodemográficos, além de questões norteadoras temáticas sobre a situação de trabalho, rede de apoio e percepções das mães sobre o cuidado do filho. Os dados quantitativos foram apresentados em frequências absolutas e relativas; os discursos foram analisados pela técnica de análise temática do conteúdo. Resultados: as mães das crianças referiram pouco apoio de sua rede familiar ou social. Quase todas se sentem sobrecarregas, com dificuldade de acionar as redes de apoio, o que as faz sentir-se sozinhas e desamparadas. Há necessidade de as equipes dos serviços de saúde reconhecerem essas questões e ressaltar às mães a importância da colaboração e construção de uma rede de apoio nos cuidados dos filhos com demandas de saúde, em uma perspectiva humanista e solidária. Conclusão: a partir da percepção das mães, é preciso reconhecer que o cuidado da criança com constipação intestinal crônica funcional vai além do doente e é influenciado por concepções e práticas sociais.
Palavras-chave: constipação intestinal crônica funcional; crianças; rede de apoio.