SINTOMAS DE ESTRESSE E BURNOUT ENTRE PERITOS CRIMINAIS
DOI:
https://doi.org/10.35572/7303ze74Palavras-chave:
esgotamento psicológico; estresse psicológico; polícia; saúde do trabalhadorResumo
Este estudo teve como objetivo identificar aspectos ligados ao trabalho, à sintomatologia do estresse e a síndrome de Burnout entre policiais civis que são peritos criminais no estado da Paraíba. Participaram 55 peritos criminais (20,37% da população total). Com uso da Escala de Caracterização de Burnout (ECB) verificou-se Burnout em 25,5% dos participantes. Com o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISSL) foi indicado 34,5% de estresse, todos em fases de resistência ou de quase-exaustão. O Burnout foi mais frequente nos homens e o estresse nas mulheres. As maiores dificuldades no trabalho naqueles com Burnout foram: falta ou inadequação de equipamentos; baixo reconhecimento institucional; conflitos de valores pessoais com as situações do trabalho; desejo de mudar de cargo/função; insatisfação com as normas institucionais, mudanças organizacionais e o ambiente físico. Naqueles com estresse as dificuldades foram: muitas horas extras; trabalhar por produtividade; conflitos de valores pessoais com os da instituição; sentir-se inseguro/medo pelo tipo de trabalho; falta de reconhecimento institucional. Portanto, registrou-se entre os policiais-peritos avaliados aspectos negativos ligados a organização e ao processo de trabalho, o que aponta para a necessidade de atenção e desenvolvimento de programas e políticas que visem os cuidados em saúde desses profissionais.