PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM COVID-19 INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA DO SUL CATARINENSE
DOI:
https://doi.org/10.35572/kf0z6q95Palavras-chave:
COVID-19; Unidades de Terapia Intensiva; Prognóstico; Perfil de Saúde.Resumo
Introdução: A alta transmissibilidade do SARS-CoV-2 propicia um desafio para saúde pública mundial, sobretudo pela sobrecarga de hospitais e leitos em Unidades de Terapia Intensiva para pacientes graves. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal retrospectivo-descritivo, com base em dados secundários, que analisou uma população de 165 pacientes internados na UTI de um hospital referência do sul catarinense entre março de 2020 e fevereiro de 2021. Objetivos: Realizar avaliação epidemiológica e clínica dos casos de internação por COVID-19 em UTI, bem como a correlação entre as variáveis e o prognóstico da doença na amostragem da região escolhida. Resultados: O perfil majoritário dos pacientes foi de homens, brancos, da faixa-etária de 71 a 80 anos de idade. Já o perfil de maior mortalidade foi de mulheres, negras e da faixa-etária de 61 a 70 anos de idade. A comorbidade associada ao maior número de óbitos foi pneumopatia e o sintoma de pior prognóstico foi o rebaixamento do nível de consciência. O tempo de internação médio dos pacientes foi de 16,67 dias e a coinfecção mais relacionada ao quadro foi a sepse. Houve uma inversão do padrão de distribuição da doença entre os gêneros, com predomínio do sexo masculino, porém as mulheres tiveram maior índice de mortalidade. Piores prognósticos relacionam-se a comorbidades com padrão de acometimento típico em faixas-etárias mais avançadas. Conclusão: Os resultados apresentam poucas discrepâncias em relação aos achados na literatura e configuram um perfil de risco clínico-epidemiológico da população local.