ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS E COMPLICAÇÕES DE PESSOAS ESTOMIZADAS POR CÂNCER
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v7i2.89Palavras-chave:
Estomia; Enfermagem; Complicações; Epidemiologia.Resumo
O estudo teve como objetivo caracterizar as pessoas com estomas provenientes do Câncer. Realizou-se uma pesquisa documental, exploratória, analítica, transversal de abordagem quantitativa. Após coleta, os dados foram analisados com auxílio do programa estatístico Statistical Package for Social Sciense (IBM SPSS) versão 20.0, aplicadas técnicas de estatística descritiva com números absolutos e percentuais. Ressalta-se que a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, CAAE nº 80964717 4 0000 5188, em atendimento as exigências da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde Resultados: A amostra foi composta por 396 pessoas estomizadas, destas 220 (55,6%) com diagnóstico de Câncer, sendo 51,1% mulheres , 48,9% homens, 38,4% com renda familiar entre 2 e 3 salários mínimos, 52,2% casados, 24,5% solteiros, 22,0% com união estável e 1,3% viúvos, 90,3% residem na zona urbana e 9,7% rural. A escolaridade predominou o ensino fundamental incompleto (20,9%) e diagnóstico de base, tumor de reto (63,6%) e de colón (15,9%). Destes 52,3% são estomas definitivos e 15,9% temporários. 40,3% desenvolveram algum tipo de complicação, sendo mais frequente as dermatites (25,9%), retração (7,3%), hérnias paraestomais (5,9%) e prolapsos (5,0%). Conclui-se que há um grande número de pessoas com estomias cujo diagnóstico de base era o câncer, sendo mais frequente o tumor de reto, além de alta prevalência de complicações. O perfil destes, facilitará a prática clínica, as ações, o planejamento e a implementação de uma Política Nacional de Atenção, além da construção da caracterização epidemiológica desse grupo.