ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO BÁSICA: ANÁLISE A PARTIR DA AVALIAÇÃO EXTERNA DO PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA (PMAQ-AB)
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v4i1.241Keywords:
Atenção Básica, Acolhimento, Acesso aos Serviços de Saúde.Abstract
O acolhimento propõe a reorganização dos serviços de saúde e das relações entre trabalhadores e usuários com base na escuta qualificada, responsabilização mútua, compromisso com a resolutividade e o trabalho multiprofissional e interdisciplinar. Na Atenção Básica, mostra-se como importante elemento de concretização da ampliação do acesso dos usuários a assistência à saúde. O presente artigo objetiva analisar o acolhimento prestado na Atenção Básica, em âmbito nacional, a partir dos resultados da avaliação externa do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Estudo transversal com foco nos dados da avaliação externa do PMAQ-AB, realizada em 17.482 equipes de Saúde da Família aderidas ao programa. Em cada equipe da Atenção Básica, um profissional do ensino superior respondeu ao “módulo II”, e quatro usuários responderam ao “módulo III” do instrumento de avaliação externa aplicados por avaliadores externos, em versão digital por meio de tablets. Para análise dos dados, utilizou-se o programa estatístico SPSS. Conforme dados coletados, o acolhimento encontra-se implantado em 77% das Unidades de Atenção Básica, sendo o Enfermeiro o profissional com maior envolvimento nas ações de acolhimento. Cerca de 70% das equipes declararam realizar avaliação de risco e vulnerabilidade durante o acolhimento, embora apenas 43,9% delas relataram terem sido capacitadas para esta ação. Desse modo, por mais que a prática do acolhimento seja afirmada, sua concretização requer a interação de diversos aspectos, sobretudo, a alteração na micropolítica da produção de saúde nos serviços da Atenção Básica.