AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS NO DIAGNÓSTICO AUDIOLÓGICO NA ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v8i2.39Keywords:
carcinoma, criança, audição, perda auditivaAbstract
INTRODUÇÃO: O aumento da taxa de sobrevida do câncer infantil decorre da efetividade dos tratamentos antioneoplásico, porém estes podem causar efeitos colaterais indesejáveis. Dentre estes efeitos tem-se a ototoxidade, a qual lesa as células ciliadas e pode gerar uma perda auditiva do tipo neurosenssorial. Diagnosticar precocemente essas alterações na população infantil é imprescindível para evitar alterações no desenvolvimento infantil. OBJETIVO: Analisar a amplitude de resposta das emissões otoacústicas nas crianças em tratamento oncológico. MATERIAL E MÉTODO: O delineamento do estudo é de coorte com corte transversal, analítico e observacional e foi realizado no setor de oncologia de um hospital público de Sergipe. . A pesquisa foi composta por dois grupos: controle (crianças saudáveis) e oncológico (crianças em tratamento antineoplásico). Anamnese, emissões otoacústicas [transientes (EOAET) e por produto de distorção (EOAPD) ] foi realizado em 34 crianças; 18 compuseram o grupo controle (crianças saudáveis) e 14 do grupo oncológico. RESULTADOS: A média de idade do grupo oncológico foi de 7.19 (± 3.36) anos e 9.22 (± 2.05) anos para o grupo controle. O gênero masculino foi o mais prevalente em ambos os grupos. Leucemia foi o tipo de câncer mais incidente (38.2%) e a quimioterapia foi administrada em todas as crianças do grupo oncológico. Nas EOAT apenas as crianças do grupo oncológico falharam, sendo que 11,8% desta população apresentou ausência de respostas. Na relação sinal/ruído, o grupo oncológico apresentou menores respostas de amplitude, com dados estatisticamente significativos (p<0,05 teste T de Student). Além disto, as EOADP apresentou menor resposta de amplitude para as frequências de 4k e 8kHz com diferença significativa em relação ao grupo controle (p<0,05 teste T de Student). CONCLUSÃO: As crianças do grupo oncológico apresentaram menor amplitude de respostas nos testes EOAT e EOADP quando comparadas com as crianças do grupo controle.