USO ABUSIVO DE PSICOFÁRMACOS E O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA PREVENÇÃO DA MEDICALIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v10i2.390Palabras clave:
Psicofármacos. Medicalização. Farmacêuticos.Resumen
Os psicofármacos são agentes químicos que interferem no comportamento, na consciência, no humor e na cognição. O presente trabalho teve como objetivo investigar a relação entre o uso abusivo de psicofármacos por usuários do SUS e o papel do farmacêutico no processo da medicalização. A pesquisa foi dirigida a consumidores de psicofármacos da Farmácia Básica do Município de Marizópolis-PB e realizada através de entrevistas roteirizadas. A partir da análise dos dados obtidos, foi possível observar a cronicidade do uso de psicofármacos pelos usuários e, principalmente, o uso indiscriminado destes medicamentos. Sendo este uso, muitas vezes, motivado por fatores externos, para além da busca da cura e/ou do alívio do sofrimento. Neste sentido, constatamos que tristeza, insegurança, solidão, inquietude ou até mesmo ausência de felicidade, passaram a ser consideradas patologias contemporâneas, cujo tratamento se prevê imediatamente de uma perspectiva alopática. Ficou bastante evidente a forte ligação entre a ausência de um acompanhamento médico-clínico, mas também com a ausência de uma atuação mais precisa do profissional farmacêutico em seu ambiente de trabalho.