PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE ESQUISTOSSOMOSE EM UM MUNICÍPIO PRIORITÁRIO DE PERNAMBUCO
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v8i1.62Palavras-chave:
Esquistossomose; Schistosoma mansoni; Epidemiologia; Doenças Negligenciadas.Resumo
O estudo teve como objetivo descrever as características clínicas e epidemiológicas dos indivíduos diagnosticados com esquistossomose nos anos de 2013 e 2014 em Bom Jardim/PE. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, onde a coleta de dados se deu através de informações contidas nos prontuários dos pacientes portadores de esquistossomose. A amostra totalizou 197 indivíduos usuários das 11 unidades de saúde do município. A análise dos dados foi realizada com apoio do Microsoft Office Excel 2013 e do Software Estatístico SPSS. Houve prevalência do sexo masculino (64,0%), portadores com idade entre 31 a 40 anos (28,0%) e renda familiar de 1 a 3 salários mínimos (57,0%). Constatou-se que 87,0% dos indivíduos realizaram tratamento e 76% evoluíram para cura. Ao comparar a evolução dos casos com a renda mensal, obteve-se uma significância de p= 0, 039, demonstrando que a esquistossomose é uma doença negligenciada que acomete especialmente população menos favorecida. Foi possível concluir que a esquistossomose é uma doença negligenciada com forte determinação social. É preciso superar a visão biomédica e buscar ações intersetorias voltadas para promoção da saúde, e é preciso desenvolver pesquisas aprofundadas sobre a temática para que sejam traçadas estratégias de intervenção no território em questão.