ESTUDO DA PRODUÇÃO DE ENZIMAS PECTINOLÍTICAS E CELULOLÍTICAS POR FERMENTAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO A PARTIR DO BAGAÇO DE CAJÁ
DOI:
https://doi.org/10.35572/rsc.v7i2.129Palavras-chave:
Fermentação; Resíduo Industrial; Pectinase; Celulase.Resumo
As indústrias alimentícias, envolvidas no processamento de frutas, produzem uma grande variedade de resíduos sólidos que podem ser utilizados no processo de fermentação em estado sólido (FES) para produção de pectinases, celulases e proteases. Essas enzimas são produzidas naturalmente por diversos organismos, como bactérias, fungos, leveduras, insetos, nematoides, protozoários e plantas. São amplamente empregadas na indústria alimentícia, têxtil, de papel e celulose, entre outras. Dessa forma, objetivou-se avaliar a capacidade de produção enzimática através da FES utilizando como única fonte de carbono o bagaço de cajá in natura a partir do Bacillus sp., para demonstrar a potencialidade deste resíduo nos processos biotecnológicos. Para isto, foi necessário realizar a caracterização físico-química do bagaço de cajá, verificar a produção e a termoestabilidade das enzimas pectinolíticas, celulolíticas (FPases e CMCases) e proteolíticas produzidas no processo fermentativo ao longo de 120 horas, na temperatura de 30°C. Dentre as enzimas analisadas, a maior atividade pectinolítica foi observada às 72 horas, quando o extrato enzimático bruto foi incubado a temperatura de 35°C; já as melhores atividades celulolíticas foram observadas as 48 e 120 horas, nas temperaturas de incubação a 40° e 30°C para as FPases e CMCases, respectivamente. Quanto à atividade proteolítica, foi observado um comportamento equivalente da atividade quando incubada nas diferentes temperaturas. Os resultados comprovaram que o Bacillus sp. foi capaz de utilizar o bagaço de cajá como substrato e produzir enzimas com atividade enzimática ótima a 30°C para as pectinases e CMCases, e 40°C para as FPases e proteases.